Escolha de livros didáticos precisa de avaliação, dizem autores
Os avaliadores das obras escolhidas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) também precisam de uma avaliação, na opinião de representantes de autores ouvidos em audiência pública promovida nesta quarta-feira (16) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). E o trabalho de escolha dos livros didáticos poderá ser regulamentado por meio de um novo marco legal, segundo proposta dos senadores que participaram da audiência.
As maiores críticas ao atual modelo foram feitas pelo escritor Francisco Azevedo de Arruda Sampaio. Apesar de considerar o PNLD uma “boa política de Estado essencial para a educação brasileira”, ele afirmou que os avaliadores muitas vezes utilizam “critérios vagos e confusos” na escolha das obras que participarão do programa. Ele ressaltou ainda a necessidade de se garantir a pluralidade de pensamento dos autores.
– Quando alguém não está de acordo com determinada linha de abordagem ou filiação acadêmica, é excluído. Como não pode ser pela linha pedagógica ou pela abordagem, inventam qualquer desculpa – afirmou Sampaio.
Como exemplo, ele citou um livro de ciências, de sua autoria, que foi rejeitado por uma comissão de avaliação. O livro, relatou, foi considerado racista, por ter exposto como ilustração um “índio vestido de índio”. Segundo os avaliadores, o livro reforçaria o “caráter exótico dos índios”.
– Queriam um índio de terno e gravata? – questionou.
O presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), José de Nicola Neto, disse que existem aspectos da avaliação pedagógica que “podem e devem ser aperfeiçoados”, uma vez que o atual modelo estaria dando sinais de “esgotamento paradigmático”. Ele considerou “incompreensível”, por exemplo, que obras acolhidas e elogiadas para um triênio sejam desqualificadas para o triênio seguinte. A seu ver, os relatórios de exclusão de livros são muitas vezes marcados por “autoritarismo e ou erros”. Nicola Neto acrescentou que somente neste ano os autores passaram a poder questionar os relatórios.
Entre as propostas apresentadas pelo presidente da Abrale estão as de certificação de livros, em vez de submetê-los a nova avaliação a cada três anos, a criação de uma comissão permanente de controle da avaliação, e o fim do anonimato dos responsáveis pelos pareceres.
Por sua vez, o vice-presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares, Antonio Luiz Rios da Silva, afirmou preferir inicialmente avaliar os “recentes avanços do programa” adotados pelo Ministério da Educação, para que se possa verificar se as mudanças “resolveram os problemas” identificados no programa.
Grande negócio
Ao defender a necessidade de se rever o programa, Kátia Abreu observou que a venda de livros didáticos representa um negócio superior a R$ 1,2 bilhão. Ela recordou que uma das atribuições do Senado é a de fiscalizar a aplicação de recursos públicos. A senadora criticou ainda o fato de que livros rejeitados pelo MEC sejam adotados livremente por escolas privadas. Além disso, condenou o anonimato dos avaliadores, uma vez que a rejeição de uma obra representaria uma “humilhação pessoal” para o escritor, que deveria ter o direito de saber quem redigiu o parecer.
Em seguida, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) defendeu a adoção de um novo marco legal para o processo de escolha dos livros didáticos. Para ele, o Legislativo deveria estabelecer normas “transparentes” e critérios para a escolha dos avaliadores e de punição para eventuais desvios, além de “exigências curriculares” para os avaliadores. A sugestão foi bem aceita pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC), para quem devem ser estabelecidos “critérios de Estado” para reger o programa.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) – que presidiu a reunião depois do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) – criticou a centralização da produção de livros didáticos na região Sudeste e concordou com a necessidade de adoção de regras claras para a escolha das obras.
– Não é possível que, em uma época de transparência, permaneça o anonimato que preserve a incompetência e prejudique a própria cidadania. Precisamos abrir essa caixa preta – afirmou Ana Amélia.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Existe um viés de interpretação de educação, com formação e informação. As leis se medem pela capacidade de se adequar às leis da natureza, que servem de guia como perfeitas, porque além de não terem sido feitas por nós, ESTAMOS NELAS INSERIDOS, somos “obrigados” a segui-la.
Assim, em toda a natureza de forma muito clara no reino animal, A EDUCAÇÃO SE FAZ NO ÂMBITO DO LAR OU DOS PAIS. Todos filhotes se “educam” para viver pelos seus pais.
A era moderna, mormente depois do evento do comunismo, ISSO FOI DE CERTA TRANSFERIDO PARA O ESTADO, estamo simplesmente esfacelando e fritando o instituto da família como EDUCADOR. O Estado passa a ocupra essa função, E QUANDO FALAMOS DE ESTADO, SE FALA DE REGIMES, DE POLÍTICOS, E IDEOLOGIAS, ETC. ETC.
A escola é invenção do homem, e decorre evidentgemente da evolução de sua própria inteligência. Do ponto de vista da natureza, é simples, o USO DO CÉREBRO É MAIS COMPLEXO DO QUE O USO DOS MEMBROS E SENTIDOS DO ORGNISMO. O Lar pode fornecer a “educação de usaro o próprio organismo no âmbito da sociedade”, mas a escola a completa no uso do cérebro. A ESCOLA, PORTANTO, COMPLETA A EDUCAÇÃO PELA INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO.
A informação introduz o homem na questão do conhecimento, a formação introduz o homem na questão do trabalho, que significa uma profissão. ESCOLA, PORTANTO, DEVE MINISTRAR INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO, e usará a educação quando já se tenha. A FALTA DE EDUCAÇÃO COMEÇA NO ESFACELAMENTO DO LAR.
A ideologia de regime principalmente político, distorce tanto a necessidade informação como de formação do JOVEM EM FORMAÇÃO.
Assim um livro didático será tanto pior quanto mais contominado por ideologias de caráter majoritário num determinado regime de governos. O COMUNISMO MOSTROU A ESSÊNCIA DA IDEOLOGIA DE ESTADO, TANTO QUANTO SUA FALÊNCIA NA FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DE UMA SOCIEDADE. Mas de certa, contaminou o mundo como um virus de peste. Quanto mais ideológico é um livro didático, MAIS PARECE SER CORRETO, e na realidade, ESTÁ NA CONTRA MÃO DA PRÓPRIA NATUREZA.
arioba
Prezados,
Tenho a informação de que foi agendada uma Audiência Pública para 12/06/2012. Ela ocorreu? Quais foram os resultados?
Muito obrigada.
Atenciosamente,
Dolores
A maioria dos municípios do Pará necessitam de professores licenciados ou habilitados nas disciplinas específicas, como língua inglesa, língua portuguesa, ensino religioso e etc…Estou disposto a contribuir, como me prontifiquei com o Dr. Alan Mansur, no fechamento de uma faculdade ISEFECH-PR, que vinha há anos enganando os acadêmicos, pois não era credenciada pelo MEC. Veja detalhes no relatório que enviei ao MPF.
correção: ISEFECH-PA, onde enganaram vários acadêmicos que cursavam o 4º período de Pedagogia. Amaioria dos acadêmicos separavam sílaba da seguinte forma:LIN-GU-ÍS-Ti-CA e escreviam:FEMENINO; e ainda separavam a sílaba:PA-RA-DI-GMA-MA.E me ahavam radicam em corrigí-lo. Eram acadêmicos de último ano de Pedagogia. Gostaria de manter contato diariamente com Sr.José Nicola Neto, pois até em livros didáticos distribuídos pelo MEC existem alguns livros, como exemplo o livro “É BOM APRENDER” do FNDE código 24836C3752 da Editora FTD, na pág.71, diz que Substantivos são palavras que servem para nomear ANIMAS, objetos, lugares,……Isto é um absurdo. Além do mais nas cadernetas escolares de um município está escrito:1ºBI-MESTRE, 2ºBI-MESTRE; Alto de Natal,etc…