A 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência aprovou, entre muitas resoluções, a elaboração de uma política nacional visando garantir escolas e classes bilíngues, de forma a proporcionar a maior inclusão dos deficientes auditivos. De acordo com a proposta, a primeira língua de instrução e comunicação deve ser a libras, e a língua portuguesa, na modalidade escrita, a segunda. A proposta prevê que os professores e outros profissionais da área, em todos os níveis de educação, devem ter formação bilíngue.
Para Maineri Tibiriçá, integrante da delegação do Rio Grande do Sul, essa foi uma grande vitória para os surdos, pois pode surgir daí uma situação de igualdade social entre ouvintes e as pessoas com deficiência auditiva.
A Conferência foi concluída nesta quinta-feira (6), com a votação das resoluções dos nove grupos de trabalho que trataram dos temas educação; segurança e acesso à Justiça; padrão de vida e proteção social; esporte, cultura e lazer; trabalho e reabilitação social; acessibilidade; comunicação; transporte e moradia; saúde, prevenção e reabilitação.
Napoleão Soares, membro da delegação de Alagoas, avalia como positivos os resultados da Conferência, cujo relatório final ainda está sendo consolidado pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Governo Federal. Para Napoleão, o importante agora é que as propostas aprovadas se transformem em leis e normas e que os direitos das pessoas com deficiência sejam de fato garantidos.