Junia Oliveira – Sara Lira – Estado de Minas
Publicação: 09/02/2013
Por meio do tablet os educadores terão acesso também ao conteúdo do Centro de Referência Virtual do Professor (CRV), um portal educacional da SEE que compartilha e oferece novos espaços de aprendizagem. Filmes, exercícios, audiovisuais, leitura, obras de referência e até análises e experiências dos professores são alguns dos exemplos do que poderá ser acessado da palma da mão. A biblioteca do CRV já alcançou a marca de 93 mil acessos diários.
E se a ordem é entrar de vez no mundo da tecnologia, outra possibilidade é o banco de itens, com 78 mil pontos relativos a conteúdos informatizados do ensino médio e fundamental. Para este início de ano, há uma demanda de 10 mil novos itens, segundo a subsecretária. A partir disso, o professor pode gerar uma prova em poucos minutos, de acordo com sua necessidade.
Outra novidade são as avaliações on-line. O projeto piloto foi feito no ano passado em 289 escolas de todo o estado, que deixaram para trás a rotina de rodar provas no papel. Este ano, outras 58 viverão a experiência de ter os alunos sentados em frente às máquinas para mostrar o que sabem.
CUIDADOS Apesar de a rede particular estar um pouco à frente na questão da tecnologia, a preocupação com o uso dessas ferramentas, assim como na rede estadual, também é frequente. No Colégio Magnum, no Bairro Nova Floresta, na Região Nordeste de BH, há até mesmo aplicativos que podem ser usados em celular, como o APPprova. Trata-se de um jogo que reúne diversas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e à medida que o estudante acerta as respostas, ganha pontos.
Para o o coordenador pedagógico das turmas de 6º ano ao ensino médio da escola, Wyller Mello, assim como as tecnologias digitais mudaram bruscamente, a realidade do meio educacional não poderia ser diferente. “Elas revolucionaram nossa sociedade, quebras de paradigmas ocorreram e a educação não pode ficar fora disso. Mas a ferramenta em si ajuda pouco. A forma como ela é usada fará com que seja um diferencial”, diz.
Opinião parecida tem o professor de física do ensino médio do Colégio Loyola, Gielton de Barros Lima. Nas aulas dele, softwares trabalham a matéria de maneira dinâmica e sistemas de avaliação permitem que com apenas um clique se tenha comentários de questões e a nota. “É importante todos os professores estarem ligados nessas novidades. Mas o fato de usá-las não é garantia de nada. Uma coisa é os alunos usarem na vida deles, outra é planejar e aplicá-las de maneira pedagógica. Isso ainda é um desafio”, pondera.