Bom Dia Brasil – Edição do dia 21/02/2013
Os últimos números da Prova Brasil, do MEC, mostram que o número chega a 36% em Minas Gerais, 47% em São Paulo e 53% no Distrito Federal.
Um alerta que vem da polícia de Belo Horizonte: o convívio com o tráfico de drogas é um problema sério enfrentado por uma em cada três escolas públicas no país.
Na entrada da escola, os personagens chamam a atenção, e policiais distribuem folhetos. “Vou te entregar umas dicas sobre drogas”, diz um deles.
“A gente precisa ter cuidado com isso que destrói a vida da gente”, diz Maria Carolina Rosa, estudante.
Na escola, a diretora que prefere não se identificar diz que o tráfico já faz parte do dia a dia. “Para ter dinheiro para a droga elas vêm e roubam, fazem vandalismo. Até vaso sanitário roubaram por causa de droga”, conta.
A conversa com os estudantes é para conscientizar e mobilizar a comunidade e evitar que um problema comum do lado de fora ganhe cada vez mais espaço no ambiente escolar.
Em média, mais de um terço das escolas públicas brasileiras convive com o tráfico de drogas nas proximidades. Foi o que mostraram os últimos números da Prova Brasil, do MEC.
Mais de 50 mil diretores de escolas públicas responderam o questionário e 35%, em média, disseram que há tráfico de drogas no entorno da escola. Em Minas Gerais, esse número chegou a 36%. Em São Paulo, 47%. No Distrito Federal, 53%.
O especialista em segurança pública Robson Sávio afirma que o caminho para enfrentar o problema são as parcerias, como o projeto com a PM. “O policial é um bom parceiro quando informa e esclarece os malefícios das drogas que causam danos à vida dos adolescentes, inclusive mostrando para as crianças que, na eventualidade de eles entrarem no processo das drogas, existem saídas possíveis”, ressalta.
Na sala de aula, o policial simula a oferta de drogas e a aluna não aceita. A cartilha com as dicas é para levar para casa, mas o sucesso da parceria também depende das famílias.
“É briga na porta de escola, é droga, é tudo de ruim. Os pais têm que estar sempre presentes e a polícia também”, diz Gislaine Cristina Rosa, diarista.