Chega ao Brasil campanha que tem como objetivo fazer pressão para que os governantes cumpram acordos internacionais que garantam educação pública de qualidade para todos.
“Direito à educação inclusiva – por uma escola melhor para todos”. Este é o tema da 12ª edição da Semana de Ação Mundial, uma campanha que acontece em mais de 100 países e tem como objetivo fazer pressão internacional sobre os governantes para que cumpram acordos internacionais que garantam educação pública de qualidade para todos.
No Brasil, o evento começou neste domingo, dia 21, e vai até 27 de setembro. A ação é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que reúne cerca de 200 grupos e entidades da sociedade civil.
Ao longo desta semana, estão previstas várias atividades em todo o país. A Universidade de Brasília foi um dos palcos desta iniciativa, com a realização do Seminário Nacional sobre os Desafios para Garantia do Direito à Educação Inclusiva.
Para fazer um balanço sobre os quatro primeiros dias dessa ação mundial no Brasil, o Com a Palavra… entrevistou a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento. Ela também abordou as principais dificuldades e problemas existentes nas escolas brasileiras relacionados à promoção da educação inclusiva e de qualidade.
Exclusão escolar
Em todo o mundo, as pessoas com deficiência estão entre os grupos de maior risco de exclusão escolar. Segundo o último censo populacional do IBGE, de 2010, o Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 23,9% da população.
Dados oficiais apontam que 140 mil crianças e adolescentes de zero a 18 anos com algum tipo de deficiência estão fora da escola. Mas a maioria das que estão matriculadas, já estuda em escolas regulares. Em 2013, 77% das matrículas de alunos com deficiência estavam em classes comuns. Apesar desses avanços, a recusa em matricular pessoas com deficiência ainda é comum em nossas escolas.