Terra – Cartola – Agência de Conteúdo – Especial para o Terra – 31 de Maio de 2013
De acordo com dados do Censo EAD.Br: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil de 2011, publicado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), essa modalidade de ensino contou com 3,5 milhões matrículas em 2011, um aumento de 58% em relação ao ano anterior.
Para o americano, as instituições brasileiras estão cada vez mais conscientes de que o ensino a distância é essencial para o sucesso educacional do País. “Seria crítico verificar a demanda de estudantes crescendo – e nós vemos os índices populacionais subindo – e ela se sobrepor à capacidade do sistema educacional”, avalia.
Não é apenas colocar um software em um servidor e torná-lo disponível para estudantes e professores sem pensar na qualidade do curso e na pedagogia
Small alerta, no entanto, que a mentalidade dos brasileiros a respeito do aprendizado online no ensino superior ainda deve evoluir, e não ser vista como uma questão meramente tecnológica, mas um modo de pensar a universidade na rede. Para isso, é importante que o primeiro passo parta das lideranças das universidades e que estas acreditem na modalidade.
“Não é apenas colocar um software em um servidor e torná-lo disponível para estudantes e professores sem pensar na qualidade do curso e na pedagogia. Se você não investe tempo para planejar, não há aprendizado”, enfatiza, destacando a necessidade de que se definam estratégias para a educação a distância (EAD) e sua didática específica.
De acordo com o censo da Abed, os principais obstáculos enfrentados na EAD foram a evasão de alunos, a resistência de educadores à modalidade, os desafios organizacionais para que instituições presenciais passem a oferecer ensino a distância e o custo de produção de cursos. Para o americano, isso é resultado de uma percepção errônea a respeito da EAD, que pode se referir a companhias que não usam corretamente o ensino online. “Há amplas evidências de que é preciso de um approach online, não basta transferir o que se faz em sala de aula para a rede”, reforça.
Para o americano, o Brasil está ficando “inteligente” em como tornar a modalidade eficiente, mas que muitas instituições ainda estão no começo do processo. “Não é difícil melhorar o ensino online, basta fazer dele um imperativo”, acrescenta. Small explica ainda que é necessário mudar a concepção que se tem em relação à educação a distância, uma vez que ela pode ser aplicada de diferentes formas, e um curso pode ou não ser integralmente online. “Há bons exemplos de universidades que têm cursos em sala de aula três vezes por semana e nos dois restantes os alunos respondem a testes online”, exemplifica, ao lembrar que nos Estados Unidos é comum que cursos tradicionais ofereçam parte de sua grade curricular na rede.
Small lembra, ainda, que o ensino online está em sintonia com a forma como as pessoas interagem com o mundo atualmente – música, filmes, livros, tudo pode ser encontrado na internet. Ele aponta, contudo, que a EAD não é diferente da educação tradicional, mas outra modalidade, e traz os mesmos benefícios, mas com uma vantagem: tornar o aprendizado mais eficiente, efetivo e acessível.
Bem colocado.