MEC – Fátima Schenini – 09 de maio de 2013
“Como estou na coordenação pedagógica, tenho usado esses conhecimentos também para a formação dos profissionais da minha escola” diz Maria Célia. Segundo ela, vários recursos estavam disponíveis, mas eram pouco aproveitados. A partir das aulas sobre o uso das tecnologias e do incentivo para que fossem adotadas por todos, o agendamento tornou-se uma necessidade.
De acordo com Maria Célia, que tem pós-graduação em mídias na educação e em ensino de língua portuguesa e literatura, os cursos ajudam os professores a desenvolver metodologias inovadoras e até a dar suporte aos alunos que dele necessitem na preparação de trabalhos. “Esses conhecimentos servem para melhorar a qualidade das aulas e também o aprendizado dos alunos”, destaca a professora, que cursa especialização em coordenação pedagógica. Ela diz que as aulas ficaram mais atrativas e houve melhora na aprendizagem. “Aqueles alunos que não demonstravam interesse passaram a trabalhar mais em grupo, a pesquisar e a ter mais participação nas aulas”, diz. “Faltava, na realidade, a capacitação dos professores, e isso foi suprido com os cursos oferecidos.”
Demanda — Responsável pelos cursos do ProInfo Integrado no Cefapro de Diamantino, o professor Osvaldo Rodrigues de Sousa adianta que a procura pelas aulas, ministradas a distância, é grande. Elas são oferecidas a todos os profissionais envolvidos com a construção do conhecimento e não apenas aos professores. “Em razão disso, temos um planejamento anual de formação, pois não conseguimos atender toda a demanda”, revela. Há 23 anos no magistério, Osvaldo tem licenciatura em letras e pós-graduação em informática na educação.
Além de Diamantino, outros 11 municípios de Mato Grosso têm unidades do Cefapro, o que facilita a formação descentralizada, mais próxima do local de trabalho do professor. Criados pela secretaria estadual de educação, em 1997, os Cefapros contam com salas de aulas, biblioteca, midiateca, acervo de fitas gravadas da TV Escola, microcomputadores, equipamentos audiovisuais e professores especialistas. “Nesses centros trabalham professores formadores de cada área do conhecimento bem como de áreas especificas, como educação indígena, educação do campo e educação especial”, explica Josimar Miranda Ferreira, coordenadora de formação e avaliação dos Cefapros.
Esses professores desenvolvem diversas ações de formação continuada, sejam específicas da política estadual, como o projeto Sala de Educador, executado pelas escolas da rede estadual de ensino sob acompanhamento e orientação dos Cefapros, sejam propostas pelo governo federal, como os programas Proinfo Integrado e Proinfantile o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O conteúdo dos cursos de formação é definido com as escolas, de modo a atender as particularidades de cada uma.