Para especialistas, games devem ser aceitos dentro da escola
Confira abaixo esses e outros conselhos de Katherine McMillan Culp, cientista de pesquisa sênior do Center for Children; Greg Chung, diretor adjunto de pesquisa e inovação do National Center for Research on Evaluation, Standards, and Student Testing (Cresst); Scot Osterweil, diretor de pesquisa de mídia comparativa no MIT.
“Se você não achar que aprender é divertido, você vai falhar. Esse é o desafio atual. Jogar é o principal meio pelo qual nós aprendemos, eu sempre começo um projeto pensando onde uma pessoa pode se divertir e jogar com esse conteúdo.”
Scot Osterweil
2. O conteúdo não se esgota
“Fizemos um game sobre um robô que precisa de luz solar e água para quebrar moléculas e gerar energia. Não é preciso dizer o que é fotossíntese e que a molécula é glicose no game, esse será o papel do professor. O game não precisa entregar todo o conteúdo. Os alunos jogam e o professor que vai explicar o que é glicose, a molécula etc. O game constrói a lógica e faz tudo isso fazer mais sentido.”
Katherine McMillan Culp
(Os jovens) levam para o game algumas das habilidade do século 21, como a resolução de problemas, trabalho em equipe, e nós gostaríamos que eles tivessem esse mesmo pensamento na sala de aula
Scot Osterweildiretor de pesquisa de mídia comparativa no MIT
3. Uma ajuda na vida do professor
“Quando desenho um game, penso que o professor já se preocupa com várias coisas e que o game tem que ser facilitador, tem que ajudar e que ele não precise ser comprometido com aquilo. Uma inversão interessante é chamar os alunos para aprender a jogar e desafiar eles a ensinarem os professores a jogar. Os professores não precisam saber jogar, eles podem aprender.”
Scot Osterweil
4. A motivação de fora da escola dentro dela
“Estamos vivendo em um tempo em que os jovens estão jogando muito. Não quer dizer que eles estejam aprendendo muito, mas também não devemos pensar que todo esse tempo é desperdiçado. Eles levam para o game algumas das habilidade do século 21, como a resolução de problemas, trabalho em equipe, e nós gostaríamos que eles tivessem esse mesmo pensamento na sala de aula. Eles deixam isso lá fora, acham que a escola não tem nada a ver com essas questões. Temos que trazer isso para dentro das escolas.”
Scot Osterweil
5. A importância do erro
“Um bom game dá oportunidades de falhas sem transformar o aluno em um perdedor. Quando ele para num ponto que não consegue avançar, ele vira para o amigo e pergunta: ‘Como eu passo dessa fase?’ Os professores devem aproveitar esse momento para ensinar algo de matemática que eles precisam saber para passar de nível. A oportunidade de errar é importante porque eles vão aprendendo com as dificuldades.”
Greg Chung
6. A capacidade de adaptação
“Depois de 20 anos desenhado games, acho que gastamos muito tempo na frente da tela. O desafio das escolas também é pensar qual o formato terão acesso, se é uma tela digital, tablet, computador. Podemos usar uma pequena tela para grupos isso também pode ser bem interessante. Times competindo com outros times, por exemplo. Escolas com pouca tecnologia precisam pensar em outros formatos e o game precisa acompanhar essas adaptações.”
Scot Osterweil
Se você quiser saber mais sobre aprendizado baseado em jogos, fique atento. Esses e outros debates sobre games na educação poderão ser conferidos no dia 4 de abril no Transformar 2013, evento promovido em parceria entre o Instituto Inspirare e a Fundação Lemann.