Edição do dia 25/02/2013 – Jornal da Globo
Há empresas que já têm um milhão de alunos.
Alunos recebem tratamento individual.
Pode parecer uma aula convencional, mas o professor só está presente na tela do computador. Estudar online é uma rotina para Murilo Augusto Baldasso e Souza desde o ano passado, que se prepara para fazer de novo o vestibular e comprou um pacote de aulas para o ano todo.
“Na internet, parece que é um jeito mais rápido, que as coisas estão lá e a matéria é dada de uma maneira mais dinâmica, mais interativa. Está sendo muito importante para mim porque serve como complemento das aulas que eu vejo na escola mesmo”, afirma Murilo, aluno do site Descomplica.
A educação é que sai ganhando quando o ensino em sala de aula e o ensino online se complementam. No momento, o mercado virtual de educação está em alta. Uma empresa criada há pouco tempo já conseguiu uma clientela com cerca de um milhão de alunos.
A página foi criada em 2011 e tem mais de 2 mil vídeo-aulas de temas diferentes disponíveis. Cinthia Gaban percebeu o potencial dessa área quando precisou tirar uma dúvida urgente. Ela e a amiga Érica criaram um site que localiza professores em poucos minutos. As aulas são em tempo real e funcionam em um sistema pré-pago.
“Se ele comprou, vamos supor, 60 minutos em pacotes de aulas, ele pode usar 15 minutos hoje para resolver uma dúvida que ele tem em matemática. Amanhã, ele tem uma dúvida em história, pode conversar com um professor de história. O nosso foco é ser personalizado. É uma aula particular da sua casa. A diferença é que você está na tela do seu computador e você está vendo o professor da tela do computador dele”, afirma Cinthia, criadora do site Professores de Plantão.
Personalizar o serviço também é a estratégia de outro site. O aluno responde a um questionário, baseado no Enem, e recebe um diagnóstico que mostra em quais matérias ele precisa de reforço e como deve estudar. Por enquanto, o sistema só está disponível para escolas públicas e particulares.
No ano passado, 180 mil alunos em todo o país passaram pela avaliação, mas a ideia é tornar o negócio acessível para todos. “É como se você tivesse um professor particular, que entende as suas dificuldades, que entende as suas limitações, que conhece a forma que você aprende melhor, só que em larga escala, podendo atingir um número muito grande de pessoas. É isso que a tecnologia permite”, diz o fundador do site Geekie, Claudio Sassaki.