10 outubro 2014 BBC
Ricardo Semler ganhou projeção no mundo empresarial ao fazer da sua companhia, a Semco, um laboratório de experiências em democracia na gestão de negócios, tornando-se uma referência em inovação.
Na Semco, uma fabricante de máquinas industriais, não há departamento de recursos humanos ou sequer uma sede.
Os funcionários escolhem seus chefes, decidem o quanto ganham e quando irão trabalhar.
Reuniões são voluntárias, e dois assentos do conselho da companhia são reservados para os primeiros empregados que comparecerem à reunião.
Todos os salários são públicos assim como as finanças da companhia.
Mais recentemente, ele levou este pensamento para a educação com a escola Lumiar, que funciona no interior de São Paulo e é mantida pela fundação criada por Semler.
Na Lumiar, os alunos e professores tomam as decisões mais importantes em conjunto, do que será servido no lanche ao conteúdo que será lecionado em cada bimestre.
Em 2007, a Lumiar foi eleita pela Microsoft e pela Universidade de Stanford como uma das 12 mais inovadoras do mundo.
Este histórico lhe rendeu um convite para dar uma palestra no TED Global, conferência de ideias e projetos inovadores em curso no Rio de Janeiro.
A BBC Brasil conversou com exclusividade com Semler durante o evento.
A seguir, ele explica por que considera o modelo educacional no Brasil obsoleto.
Também afirma que o empresariado brasileiro precisa se renovar e abandonar modelos que estão ultrapassados.