UOL Educação – Leyberson Pedrosa – Do Portal EBC – 04/07/13
Na sala Paulo Freire, estudantes de escolas selecionadas vão usar ferramentas de software livre para mostrar projetos construídos no ambiente escolar. As escolas vão participar, via videoconferência de debates junto com palestrantes convidados no evento. Cada apresentação terá uma hora. Nos primeiros 20 minutos, a escola vai apresentar a inovação. Após isso, palestrantes vão poder fazer considerações. Os últimos 20 minutos serão dedicados para a interação dos estudantes com o público do Fisl.
Clarisse Abrahão, que coordena o espaço junto a uma rede de professores, explica a razão do nome para o local: “a educação Paulo Freire é de código aberto”, afirma. Abrahão destaca que, antes mesmo do software livre, o processo de ensino e aprendizagem de Paulo Freire já atuava de forma colaborativa, garantindo que o conhecimento não tivesse um único dono.
Para ela, o Fisl ainda é um evento voltado prioritariamente para desenvolvedores de software livre. Mesmo assim, aos poucos, está descobrindo a importância de se debater a cultura e os conceitos de educação que o envolvem.
Qualidade dos aplicativos
Na opinião da professora, que atua na ALS (Associação do Software Livre) e trabalha no Gabinete de Inovação e Tecnologia – Inovapoa da prefeitura, há discursos que afirmam que os softwares proprietários são melhores do que os livres. Contudo, ela retruca. “aqui na sala trazemos diferentes exemplos de softwares livres com tanta qualidade quanto qualquer outro proprietário como, por exemplo, o ambiente EducaTux e o Scribus, que é um software de edição gráfica de jornal”.
Segundo a educadora, se os governos diminuíssem a compra de licenças de softwares pagos, os investimentos para inclusão digital poderiam aumentar significativamente. “Imagina o gasto de telecentro com vinte máquina com licenças. E o software livre ainda teria a vantagem de ter atualizações mais constantes”, calcula.