Luciana Lima e Priscilla Borges , iG Brasília |
Em dia de combate à discriminação racial, Luiza Bairros afirma, em entrevista exclusiva ao iG, que vê risco na escolha do pastor Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos, conta que há resistência na aplicação das leis e critica cotas ‘perversas’ do governo paulista
Propostas de leis que podem tirar direitos de índios e negros, resistências em aplicar as leis já em vigor, o modelo de cotas proposto pelo governo de São Paulo para as universidades paulistas e até a eleição de um representante conservador para dirigir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados são fatores que levam o governo a temer retrocessos nas conquistas obtidas pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
“Vivemos num País em que as pessoas que estão em posições de mando nos vários lugares, inclusive nas universidades, fazem parte de uma geração que foi criada acreditando nessa democracia racial”, destacou a ministra da Seppir, Luiza Bairros, em entrevista exclusiva ao iG . Para ela, esse pensamento atrasou o desenvolvimento do Brasil. “O Brasil, ao longo dos anos, perdeu muito com essa crença”, enfatizou. Segundo ela, apesar dos avanços, as desigualdades raciais permanecem no País.