PublishNews – 22/01/2014 – Leonardo Neto
Nas redes sociais, a escolha do formato PDF para livros dos alunos foi considerado um retrocesso
Em Brasília, ontem foi dia de discussões sobre o livro didático para o ensino fundamental/anos iniciais. Em audiência pública realizada pelo FNDE, foram estabelecidos os critérios e as inovações para o processo de inscrição e avaliação de obras dentro do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD 2016 nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências e Arte. A escolha do formato PDF para os livros dos alunos causou certa celeuma na turma dos livros digitais. No grupo Amigos dos editores digitaisno Facebook, por exemplo, houve uma ampla discussão sobre o tema. Muitos consideraram um retrocesso. No entanto, para a colunista do PublishNews, Gabriela Dias, a audiência pública pode ser considerada um avanço e que a universalidade do PDF faz algum sentido dentro do PNLD. “Eu entendo que as pessoas ficaram assustadas, mas há de se relativizar. O fato de o governo ter estipulado uma configuração mínima já pode ser considerado um avanço e o PDF, apesar de não ser o formato mais avançado, é o mais universal e portátil”, pondera.
O livro digital em formato mais flexível ficou somente para o manual dos professores. “Isso também faz sentido já que estamos falando de alunos da faixa etária de 6 a 10 anos e há dúvidas pedagógicas se é positivo ou não entregar um tablet nas mãos de crianças dessa idade”, comenta Gabriela. A especialista observa ainda que há outro avanço no PNLD 2016. Antes, era exigida a paridade entre livro digital e o impresso, ou seja, nos dois formatos, os títulos deveriam ter o mesmo conteúdo, formato e até paginação e isso foi abolido. O resumo da audiência pública pode ser baixado clicando no link Sumário Executivo.