Plataforma vai muito além do formato videoaula

Estadão – 23/06/2013 –  Por Filipe Serrano

Análise | Filipe Serrano, editor do Link

É fácil perder-se entre a enorme oferta de videoaulas disponível na internet e, por melhores que sejam os cursos, o desafio inicial é entender a lógica dos sites que os oferecem. Depois de ouvir falar sobre o Coursera, decidi explorá-lo. Feito o cadastro, você vê uma lista de cursos à disposição – na semana passada eram 389. Um me chamou a atenção, sobre história da internet, e fiz a inscrição, gratuita.

A surpresa foi descobrir que no Coursera, assim como em outros sites, as aulas têm duração definida (cinco semanas, dez semanas). E, para garantir o certificado de conclusão, é preciso seguir as atividades dentro dos prazos. A aula que eu escolhi já estava na terceira ou quarta semana. Assisti a dois vídeos até descobrir que não poderia mais receber o certificado, o que foi desanimador. Decidi procurar outra opção, para acompanhar desde o começo.

Cada curso tem uma página própria, com vídeos de duração entre 3 a 20 minutos. Para cada semana há até dez vídeos que, somados aos materiais extras, exigem dedicação constante. Muitos não conseguem acompanhar. Aos poucos, porém, reservei um horário para assistir aos vídeos e peguei o ritmo.

Há também formas de interação entre os alunos, em fóruns e redes sociais. Para mim, essas atividades pareceram sem graça, mas alunos mais participativos organizam até encontros para estudar.

A experiência tem sido muito boa. O curso é realmente interessante e tem uma abordagem didática, apesar de um pouco superficial, mas acho que a ideia é que o aluno procure mais sobre o que lhe interessa. De qualquer forma, as aulas mostraram que é possível aprender dessa maneira, com ou sem certificado, e me incentivaram a buscar outras disciplinas. Já são cinco na lista.

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