PublishNews – 29/01/2014 – Leonardo Neto
Ao todo serão distribuídos 85 mil acervos para 60 mil escolas
O Ministério da Educação anunciou na tarde de ontem (28) as obras selecionadas para o Programa Nacional Bibliotecas da Escola (PNBE Temático). Foram escolhidos 45 títulos que abordam nove temas: campo, direitos humanos, educação especial, indígena, juventude, quilombola, relações étnico-raciais, sustentabilidade socioambiental e educação de jovens e adultos. Ao todo, serão distribuídos 85 mil acervos para 60 mil escolas de todo o território nacional, totalizando impressionantes 3,8 milhões de exemplares. Lançado em 2012, o PNBE temático recebeu 1.019 inscrições de livros. Quatro dessas inscrições foram submetidas pela mineirinha Mazza Edições. Dos quatro títulos inscritos, dois vingaram e foram selecionados para o PNBE Temático: Relações étnico-raciais e educação no Brasil e Juventude negra na EJA: o direito à diferença. Para a Maria Mazarello, a Mazza da Mazza Edições, essa foi a salvação para 2014 – 2015. Acostumada a publicar no máximo 12 livros por ano, Mazza faz planos: “A minha programação para 2014 será revista, é possível que eu dobre a quantidade de lançamentos para o ano”. Com 33 anos de estrada, a Mazza tem 80% de suas publicações voltadas para temas étnico-raciais. “Lutamos muito pela criação do PNBE Temático, trabalhamos muito para que houvesse essa diferenciação”, conta a editora.
Outra mineira que conseguiu abocanhar o PNBE foi a Gutenberg, do grupo Autêntica. Deles, foi emplacado o livro Territórios educativos na educação do campo: escola, comunidade e movimentos sociais. Para Alessandra Ruiz, editora da Gutenberg, a venda para o PNBE é um canal adicional de vendas. “É excelente quando isso acontece, porque nosso foco principal é o mercado e esse é um canal adicional de vendas considerável, mas do qual não dependemos”, explica a editora. Para ela há outro aspecto que vai além das vendas. “A Gutenberg vem trabalhando autores nacionais com o máximo de critério e qualidade, o que abre essa possibilidade de vendas públicas. Isso para os autores é uma chance de ver seus livros nas mãos de mais leitores que, em geral, não teriam acesso a eles se não fosse assim”, comenta.